A sarcopenia é uma doença que leva à perda de massa muscular corporal associada à diminuição da força (a tensão que o músculo gera para realizar um determinado movimento, como um aperto de mão) da performance física (capacidade de produzir movimentos com eficácia, como fazer uma caminhada). O problema é mais comum nos idosos, afetando 15% da população acima de 60 anos – esse índice passa para 46% se considerados apenas os indivíduos com mais de 80 anos. Outra característica comum em pessoas nessa faixa etária é o aumento dos distúrbios de sono.
Todas essas condições favorecem que o idoso desenvolva um quadro semelhante ao de restrição crônica de sono. Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais. Os resultados foram publicados no International Journal of Environmental Research and Public Health.
Na pesquisa, um grupo de 14 idosos diagnosticados com a doença realizou treinamento resistido três vezes por semana durante três meses. Eles começaram com intensidade um pouco mais leve e, nas últimas oito semanas, ela foi aumentada para 80% da sua força máxima.
Outros 14 indivíduos com a mesma faixa etária e que sofriam do mesmo mal apenas participaram de encontros semanais com diferentes profissionais da saúde com o propósito de aumentar o seu conhecimento sobre mudanças no estilo de vida associadas à melhora da enfermidade. Os 28 participantes foram assistidos em todo o período do estudo por profissionais de educação física, fisioterapeutas, nutricionistas e médicos.
Os participantes do estudo submetidos ao treinamento resistido, os pesquisadores observaram uma melhora da força muscular em todos os meios de medição. Foram feitos testes de preensão manual (os voluntários apertam um aparelho chamado dinamômetro) e um outro tipo de teste que avalia o torque das pernas com o dinamômetro, que é colocado sobre o membro do indivíduo durante a contração isométrica máxima do músculo. Já as análises metabólicas, hormonais e relacionadas aos marcadores inflamatórios foram feitas com amostras de sangue.
Fonte: Veja
